Se houvesse dois deuses, um seria a fronteira do outro. Nenhum dos dois seria infinito; nenhum, perfeito. Portanto, nenhum seria Deus. A experiência fundamental de Deus seria feita por Israel está assim expressa: “Escuta, Israel! O Senhor nosso Deus é único.” (Dt 6, 4) Os profetas exortavam continuamente a deixar os falsos deuses e a virar-se para o único Deus: “Eu sou Deus e mais ninguém.” (Is 45, 22)
Deus também apresenta-se com um nome: IHWH. Apresenta-Se com um nome porque deseja ser acessível. Ele não deseja permanecer anônimo. Ele não quer ser venerado como um mero “Ser Superior”, que simplesmente pode ser sentido ou pressentido. Deus deseja ser conhecido e invocado como aquele que é real e ativo. Na sarça ardente Deus revela seu santo nome. Deus torna-se acessível ao Seu Povo, embora Ele permaneça um Deus oculto, um mistério perene. Por causa de um elevadíssimo respeito, nunca se pronunciava (e ainda hoje não de pronuncia) em Israel o nome de Deus. Sendo mesmo substituído pelo título Adonai (Senhor); até o novo testamento o utiliza: “Jesus é o Senhor!” (Rm 10, 9) YOUCAT [30, 31]
A Trindade de Deus é um mistério. Só através de Jesus é que a descobrimos. O ser humano, com as capacidades da sua razão, não consegue atingir Deus. Ele reconhece, todavia, a razoabilidade deste mistério ao aceitar a Revelação de Deus em Jesus Cristo.
Se Deus fosse só e solitário, não poderia amar desde toda a eternidade. Iluminados por Jesus, encontramos sinais da Trindade de Deus já no Antigo Testamento e até em toda a criação. Cremos num Deus em três pessoas (Trindade).
Os cristãos não adoram três seres diferentes mas um único ser que desabrocha em três, permanecendo, contudo, um. Que Deus seja trinitário sabemo-lo por Jesus Cristo: ele, o Filho, fala de seu Pai que está no céu. Ele ora ao Pai e concede-nos o Espírito Santo que é o amor do Pai e do Filho. Por isso, somos batizados “em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.” (Mt 28,19)