terça-feira, 17 de março de 2009

Penitência? Pra quê?

Não comer carne, não tomar refrigerante, chocolate? nem pensar! não abusar das mensagens do celular... Vídeo game só daqui a 40 dias! Internet? 40 dias.
Mas pra quê isso?
Será que não estou me privando de coisas tão boas que não têm nada de mau?
Poxa! Ao me preparar para viver esta Quaresma vejo que, às vezes, erro pensando que esse é um tempo de privação!
Não!
Vejo que, muitas vezes, começamos bem esse tempo, mas depois parece que fica tão difícil...
Hoje em dia quase todo mundo que me conhece, sabe que não bebo mais refrigerante. Mas lembro-me dos anos que ainda bebia e que fiz penitência de não beber. Nossa! A quantidade de festas que fui... e lá estando... quem eu encontrava?
Ele – o refrigerante!
Bebia e pronto.
Eu via que propósito eu tinha, o que me faltava era a motivação, e faltava, pois faltava o sentido de parar de beber algo que eu gostava tanto.
E assim a Quaresma se tornou um tempo chato para mim!
Mas hoje vejo que a finalidade do tempo quaresmal é de preparação: se preparar!
Preparar para quê?
Para a Misericórdia de Deus!
E essa preparação consiste em receber o dom de Sua misericórdia, dom que recebemos à medida que abrimos o nosso coração para Ele, lançando fora o que não pode conviver com a misericórdia. Hoje vivo diferente minha Quaresma!
Em minha casa temos uma penitência comum a todos! Pois, enquanto casa, temos uma parcela de misericórdia que a nós está reservada.
Eu tenho uma prática de oração comum neste tempo que me prepara! Pois assim, quero e tenho reservado uma parcela de misericórdia pra mim também!
Vejo que assim vou colocando sentido em cada prática e em cada penitência! E porque encontrei sentido, tenho motivação e se tenho motivação, vou a cada dia ficando mais "de boa" para viver o tempo de me preparar!
Lendo sobre o significado de conversão encontrei: "Processo através do qual as emoções se transformam em manifestações físicas".
Achei mto interessante, pois significa sair das emoções e partir para ações! Isso gera sentido. Isso abre espaço para misericórdia!
Faça isso com sua família, faça com seus amigos, faça com seu (sua) namorado (a)!
A Quaresma então é para todos!



Salve Maria!



Abraços
Camila ;*

sexta-feira, 6 de março de 2009

Aborto: Solução ou Problema?


Olá irmãos, amados e amadas de Deus, a vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e da parte do Senhor Jesus Cristo...

Nesses dias acompanhamos a história de uma menina de 9 anos, que mora em Recife, que estuprada pelo padrasto, estava grávida de quatro meses de gêmeos. Ela iria abortar, devido a família querer (a mãe queria o aborto) e também porque apresentava riscos à vida da garota. O arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho representando a Igreja Católica, interveio para que isso não acontecesse. Mais infelizmente, o aborto aconteceu e a Igreja excomungou os responsáveis pelo aborto, tanto os médicos, quanto os familiares, isentando-se assim, somente a garota.

Todos nós sabemos que a Igreja Católica é a favor e em defesa da vida, e trabalha para que isso seja levado em conta sempre. No catecismo da Igreja Católica, parágrafos 2270 e 2271, nos diz o seguinte:
2270 - A vida humana deve ser respeitada e protegida de maneira absoluta a partir do
momento da concepção. Desde o primeiro momento de sua existência, o ser humano deve ver
reconhecidos os seus direitos de pessoa, entre os quais o direito inviolável de todo ser inocente à
vida.
Antes mesmo de te formares no ventre materno, eu te conheci; antes que saísses do seio,
eu te consagrei (Jr 1,5). Meus ossos não te foram escondidos quando eu era feito, em segredo,
tecido na terra mais profunda (Sl 139,15).

2271 - Desde o século I, a Igreja afirmou a maldade moral de todo aborto provocado.
Este ensinamento não mudou. Continua invariável. O aborto direto, quer dizer, querido como um fim ou como um meio, é gravemente contrário à lei moral.

Como podemos ver, o aborto é um pecado gravíssimo,portanto, é mortal...Mas muitos podem dizer: Mas e o padrasto,que cometeu estupro? Também não é culpado? Também não cometeu pecado mortal?

Dom José Cardoso Sobrinho,em entrevista disse:
_ O estupro é outro pecado gravíssimo, quem fez isso vai responder diante de Deus, mas não justifica. Porque houve um estupro, eu posso agora praticar um aborto? É um princípio muito importante da lei da Igreja e nós não podemos praticar o mal para conseguir o bem, digamos assim.

Na entrevista,o arcebispo de Olinda e Recife também esclarece que não foi ele que deu a excomunhão aos responsáveis na história, mais sim a Igreja Católica. No Código de Direito Canônico,a lei da igreja, diz - se o seguinte:
_ "quem comete o aborto está excomungando".

O cateciso da Igreja Católica, em seu parágrafo 2272, diz:

2272 - A cooperação formal para um aborto constitui uma falta grave. A Igreja sanciona
com uma pena canônica de excomunhão este delito contra a vida humana. "Quem provoca
aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão latae sententiae" "pelo próprio fato de
cometer o delito" e nas condições previstas pelo Direito. Com isso, a Igreja não quer restringir o
campo da misericórdia. Manifesta, sim, a gravidade do crime cometido, o prejuízo irreparável
causado ao 'inocente morto, a seus pais e a toda a sociedade.

Isso é uma lei da igreja,chamada de "latae sententiae", que significa que é uma penalidade automática. Ou seja, todas as pessoas que praticam o aborto, já estão excomungadas da Igreja Católica. Claro que isso, para nós católicos é motivo de muita tristeza, porque imaginem não podermos mais receber a Sagrada Eucaristia...Mais para aqueles que não tem fé, ou que não seguem a igreja católica,tanto faz... Mas o mais triste nessa história, é que toda a família da garota é católica...

Mais a Igreja diz também quem está condenado a essa penalidade, não está condenado indefinidamente. A Igreja tem portas abertas. Espera a conversão. Até uma pessoa que cometeu maior delito, e está excomungado, se se arrepender, a Igreja absolve.
Uma observação muito importante do arcebispo é em relação à garota correr risco de morte se continuasse com a gravidez. Ele nos apresenta a história de Santa Gianna Beretta Molla.

Era uma senhora médica, que também estava grávida e sabia que corria risco de vida. Os amigos médicos aconselharam a fazer o aborto, pra salvar a própria vida. Ela disse: "Eu sou católica, não vou fazer isto, não". Isso aconteceu, no parto ela faleceu; a menina que nasceu, sobreviveu. Pois bem. Esta senhora foi canonizada, foi declarada santa pelo papa João Paulo II. O nome dela é Santa Gianna Beretta Molla. Está colocada nos altares como uma santa. Preferiu sacrificar a própria vida, e não a vida da filha.

É isso meus irmãos,deixo aqui está postagem, como modo de reflexão para nós...Digo até mesmo, e primeiramente por mim... Temos como exemplo a história de Santa Gianna, que sacrificou sua vida e não a da filha... Porque tantas vezes levamos em consideração a nossa vontade, e não a de Deus? Porque tantas vezes, preferimos acabar "facilmente" com os problemas, e não nos entregamos à vontade do Senhor? Rezemos pelas almas dessas crianças, que não tiveram a oportunidade de vir ao mundo, para que Deus as acolha em sua misericórdia. Termino deixando esse trecho de uma música, que estava escutando justamente quando estava acabando de deixar essa postagem. Tenho certeza que foi Jesus, através do seu Espírito Santo que quis deixar isso como uma mensagem, para todos aqueles que são a favores do aborto :

"Aquilo que parecia impossível,
aquilo que parecia não ter saída,
aquilo que parecia ser minha morte,
mais Jesus mudou minha sorte,
SOU UM MILAGRE,estou aqui"

Link da entrevista do arcebispo de Olinda e Recife, vejam, é muito interessante: http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3616925-EI6594,00-Dom+Jose+Nao+dei+excomunhao+E+a+lei+da+Igreja.html

Curiosidade:
EXCOMUNHÃO: Na religião católica, consiste em excluir ou expulsar oficialmente um membro religioso. Sanção religiosa máxima que separa um membro transgressor da comunhão da comunidade religiosa. O mesmo que desassociação em outras religiões. Pode ser aplicada a uma pessoa individual ou aplicada colectivamente.

Pax et bonum...

William